Reunião acontece nesta quarta-feira, às 8h30, no Centro de Cultura e Lazer
A OES Engenharia e Construções Ltda., empresa responsável pelo projeto de restauro da Casa Hermann Muller, em Americana, apresentará nesta quarta-feira (03/08), ao Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Cultural de Americana), um resumo do projeto de restauração, incluindo a proposta de revitalização da área externa do imóvel a fim de promover a cultura e turismo no local, que é um marco do bairro Carioba.
A equipe da OES está realizando a primeira fase da revitalização, com a elaboração do memorial historiográfico, com informações sobre a origem histórica da casa, o levantamento da situação atual do imóvel, do projeto arquitetônico de restauro da casa e do entorno, inlcuindo o paisagismo, além dos projetos elétrico, hidrossanitário, de prevenção contra incêndio, acessibilidade, de instalação de alarmes e de monitoramento por câmeras.
Na apresentação para o conselho estão inclusas as propostas para a área externa da casa, além dos apontamentos sobre a situação atual do imóvel.
“A proposta para a área externa da Casa Hemann Müller busca tornar o jardim do local um espaço acolhedor para os visitantes, inclusive com a instalação de banheiros adaptados”, adiantou o engenheiro Vagner Veneciano, representante da empresa.
Também serão apresentadas informações sobre a atual situação do forro, do telhado e das fundações da casa.
“Depois de todas as informações que colhemos e de todos os levantamentos que realizamos, podemos apontar que o principal problema da casa hoje e o primeiro ponto que necessita de reparos é o telhado”, completou Veneciano.
O projeto de restauro foi aprovado pelo Proac (Programa de Ação Cultural) do Estado de São Paulo e tem custo de R$ 250 mil.
A CASA – A Casa Herman Muller foi construída no começo do século passado, tendo por referência de estilo a arquitetura germânica do mesmo período. Conta com 53 cômodos – inclusive porões e sótão. A casa também tem um mirante, de onde pode ser vista uma linda paisagem natural. Ao lado da casa existe uma usina hidroelétrica desativada, construída naquele mesmo período.
Hermann Muller, que dá o nome à casa, foi um importante empresário do primeiro quinquênio do século passado, filho de Franz Müller, empresário alemão radicado no Brasil.
Em 1901, o comendador Franz Muller comprou em leilão a Fábrica de Tecidos Carioba (uma empresa que se encontrava fechada desde os tempos do Império), em associação com o inglês Ingels Rawlinson. A empresa passou a ter como razão social Rawlinson Müller & Cia.
A Vila Operária de Carioba tinha escola, cinema, hotel, bares, açougue, padaria, farmácia, biblioteca, igreja, clube de regatas, campo de futebol e pista com hangar para aviões.
Hermann, o filho mais velho do comendador, assumiu a gerência da fábrica no começo dos anos 1930, levando-a a grande prosperidade. Hermann teve, ainda, grande participação na vida política de Americana, defendendo a bandeira do desenvolvimento da cidade.
